No tribunal

 


Loja: o mundo

Vendedores: más influências

Dono da loja: o inimigo

Produto: pecado

O juiz: Deus

O melhor amigo: Jesus

Dinheiro: escolhas


Adentrei em uma loja de mercadorias, como de costume os vendedores vieram me atender e mais uma vez comprei um de vários produtos, produtos esses que nem necessitava, mas os vendedores tinham lábia e eu acabava caindo em suas armadilhas, eles pareciam ser tão simpáticos.

Mas se eu tivesse olhado no fundo de seus olhos poderia ter visto a dor ali presente, a dor de vender esses produtos. Não percebi que eram tão escravos daquele lugar quanto eu.

Naquele dia foi diferente, foi o dia em que me apresentaram o dono da loja, nunca o tinha visto, ele era melhor ainda em vender.

Quando fui perceber estava endividado, não tinha nem mais condições de comprar, mas mesmo assim continuava a comprar. Eles diziam que me dariam felicidade, mal sabia eu que estava cavando minha própria cova.

Meu melhor amigo tinha me avisado, me alertou que aquilo era errado.

Ele me ama como um irmão e não quer me ver perdido, mas eu não dei ouvidos e me distanciei, virei as costas para ele, assim como a seu pai, que também me alertava diariamente e me amava como se fosse seu filho.

Chegou o dia em que precisei pagar por aqueles produtos.


O julgamento:


Minha pena era a morte, estava tão arrependido. Adentrei o tribunal e a primeira pessoa que pude ver foi o juiz, que para minha total surpresa era o pai do meu melhor amigo.

Ele me olhava com um amor, que eu não mais merecia, se é que um dia tinha merecido.

Mas olhei novamente e pude ver a dor em seus olhos e me surpreendi.

Quando eu menos esperava uma porta se abriu e o meu melhor amigo apareceu, e em seus olhos só havia amor.

Ele adentrou o tribunal e se posicionou ao meu lado, e olhando para mim com grande emoção, disse a todos ali presente:

– Eu sou o culpado, coloque em mim toda a culpa e a condenação que nele há.

Senti meu coração se partir, naquele exato momento.

O juiz olhou para seu filho e com uma dor que nunca havia presenciado, sentenciou:

– Eu te declaro culpado, sua pena é a morte meu filho.

Pude ouvir sua voz ficar embargada.

Tiraram minhas algemas, tentei negar, mas o juiz olhou para mim e outra vez só havia amor em seu olhar e disse: 

– Vai meu filho, você está livre, já não há condenação em você.

Não sabia o que estava acontecendo ali, não conseguia mais enxergar devido as lágrimas que não paravam de descer, e ao mesmo tempo pude sentir um alívio como se um peso tivesse sido tirado de mim.

Mas também ouvi um grito, olhei para o meu lado e vi meu amigo caído de joelhos.

Ele arfava como se sentisse uma dor insuportável, estavam o levando, mas pude olhar para ele uma última vez, e ainda ouvir seu sussurro:

– Estarei para sempre em seu coração.

Aquele a quem eu tinha dado as costas, foi o mesmo que deu a vida em meu lugar.

E isso me fez cair no chão e gritar com toda dor e arrependimento em meu ser: O QUÃO MISERÁVEL EU SOU!

"Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele."

João 3:17

Por : Rosiane Vitória

Feliz semana ❤️



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