“Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz.” — Mateus 6:22
Vivemos dias em que os olhos não descansam. Saltam de tela em tela, de imagem em imagem, como quem, com sede de vida, busca sentido em um poço seco. (Ou seja, estamos tentando encontrar propósito onde não existe vida verdadeira).
Já percebeu que as redes sociais às vezes fazem mais parte do nosso dia a dia do que Deus? E, no tempo livre, escolhemos assistir uma imagem ficcional que, muitas vezes, traz luta, sangue ou um amor ilusório.
E, sem perceber, vamos nos tornando o que assistimos, o que lemos, o que aplaudimos. Pessoas sem ânimo, sem paz e sem céu. A alma, que antes louvava com a vida e a liberdade de um primeiro amor sincero, hoje se vê cativa de lutas vazias e esquece o som da própria adoração.
Nas redes, nos filmes, nas bandeiras que erguemos como altares, quantas vezes esquecemos de quem somos e de que não é a este mundo que pertencemos? E, como em transe, seguimos buscando doses de dopamina digital para preencher um vazio que só o natural de Deus e sua criação é capaz de saciar.
Quantas vezes o nome de Deus se apaga sob as manchetes, os memes, as mentiras, o marketing, a hipocrisia?
Estamos famintos de propósito, mas comemos migalhas de confusão e ainda passamos esse prato às nossas crianças, dizendo que só precisamos de tempo para respirar. E as telas parecem ser solução para distrair alguém que precisa de amor, de tédio, de criatividade, de educação e de pais.
Como Esaú, trocamos o eterno por um prato rápido. Vendemos a herança da presença por minutos de distração — e só depois percebemos a fome da alma. (Gênesis 25:29–34)
Como uma planta que se curva para a direção do sol, seu coração se inclina para aquilo que mais contempla.
“Aquilo que o homem semeia, isso também colherá.” - Gálatas 6:7
Por isso, desacelere. Desligue o que grita, o que inflama, o que entorpece.
Dê um tempo do caos para ouvir o sussurro de Deus no seu interior.
Volte-se para o que edifica, para o que acalma, para o que santifica.
A eternidade não cabe em rolos de stories.
A verdade não cabe em narrativas moldadas por algoritmos.
Seu coração foi feito para mais.
E estar bem , verdadeiramente bem, é um ato de adoração.