"cavando poços"

“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” (Jeremias 2:13)

A água sempre foi o bem mais precioso da Terra. De nada adianta ter jóias, ouro, propriedades ou animais se a chuva não cair. Se uma estiagem for muito prolongada, as grandes represas e os pequenos poços podem secar. Isso aconteceu com Isaque, filho de Abraão, que herdara toda a fortuna de seu pai. Mesmo assim, com uma vida cercada de bens, a falta de chuva o atingiu causando-lhe um grande problema.

No entanto, Isaque não se aquietou diante da dificuldade que se apresentou a ele, não lamentou ou culpou os outros. Ele agiu e foi para a região de Gerar a caminho do Egito, uma terra habitada por filisteus, em busca de uma solução para a grave fome que se abatera sobre o povo. Isaque só foi para aquela região porque Deus permitiu, mas não deveria entrar no Egito. Ele obedeceu, ali plantou sementes e colheu cem vezes mais, porque o Senhor o abençoou. 
Depois de tudo o que passou, Isaque ergueu um altar ao Senhor, armou a sua tenda e abriu um poço. Ele prosperou mesmo em terras áridas, porque tinha a bênção do Senhor.

A história de Isaque nos ensina que, quando enfrentamos uma dificuldade, devemos buscar uma saída, mas não sem o consentimento de Deus. Precisamos estar atentos à Sua voz e não descer ao Egito, que representa o mundo no qual vivíamos antes de sermos libertos por Jesus. 
Nada do que é praticado nesse mundo de trevas pode fazer parte da vida do cristão.
Precisamos obedecer a Deus! Abraão abrira o caminho da bênção para Isaque, mas ele precisava ser obediente. E foi. Ficou no lugar onde o Senhor permitiu que buscasse recursos para a solução de seu problema.

Assim é conosco hoje.
Além de estarmos atentos à palavra do Senhor, temos que ser obedientes ou correremos o risco de cavar cisternas tortas que não podem reter águas. Isaque era peregrino, como todo cristão é. 
Estamos nesta terra de passagem, mas não podemos cruzar os braços. Devemos semear enquanto passamos. Todo cristão vai tornando esse mundo árido em manancial e deve transformar o lugar em que vive.

Vale lembrar que o enriquecimento de Isaque gerou inveja no povo daquela terra. Da mesma forma, a prosperidade do cristão, ainda hoje, suscita inveja em algumas pessoas. 
E não se trata apenas de bens materiais, pois até a paz, a alegria e a tranquilidade podem gerar inveja. 

No entanto, enquanto estamos aqui, temos que ser mananciais de águas cristalinas e cavar poços com estrutura para reter essas águas. Como aconteceu com Isaque, podemos peregrinar em terras secas e, ainda assim, prosperar.

Que Deus nos abençoe!

Postar um comentário

0 Comentários