Obediência absoluta

 


  
“Mas isso era mentira.” (1 Reis 13.18)

Numa das histórias mais enigmáticas da Bíblia, encontramos uma trama que envolve um rei,
um profeta e um que diz ser profeta. 
Em I Reis 13, lemos a história de Jeroboão amedrontado com a possibilidade das dez tribos se voltarem para Roboão.
Então, “depois de se aconselhar” (1 Reis 12.28), ele decide fazer algo criminoso: fazer dois bezerros de ouro, instituir lugares de culto, sacerdotes, festas etc. O profeta enviado por Deus para levar a mensagem de juízo veio de Judá. Ele predisse uma reforma que ocorreria e, por cinco vezes, o texto diz que o que ele fazia era “por ordem do SENHOR”.

Somos, então, levados a uma casa em Betel. Os filhos de um velho profeta chegam em casa
contando ao pai o que o profeta fez e o que ele disse ao rei; o profeta resolve ir atrás do profeta de Judá.
Ele o alcança e diz: “És tu o homem de Deus que vieste de Judá?”, o profeta responde que sim, então ele continua: “Vem comigo a [minha] casa e come pão”. O profeta repete o que dissera ao rei quando ele ofereceu recompensas a ele e fez um pedido parecido.
Entretanto, o velho profeta diz: “Também sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar comigo a tua casa, para que coma pão e beba água”; nesse ponto não sabemos se isso é verdade ou não, não nos foi dito nada. 
Então o texto diz: “porém, isso era mentira”, que choque! O que acontecerá com o profeta de Judá? Você pode ler o resto da história na sua Bíblia.

O texto aponta para dois comportamentos que não são aceitos por Deus: obediência pela
metade e desobediência, atribuídos ao profeta e a Jeroboão, respectivamente. O ato de comer e beber na casa do rei ou do velho profeta significava a formação de uma aliança (cf. Gn 21.27) com aquele lugar que se tornou um centro de idolatria. 
Deus não colocaria o Seu nome naquele lugar. É inegável que o velho profeta, ao testar o homem de Deus, causou a sua morte; todavia, o que Deus ordenara a este? Em Gálatas 1.8, lemos: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que temos pregado, que esse seja anátema”; Ora, o que o homem de Deus devia ter feito? Recusado e seguido o seu caminho, pois a certeza que ele tinha era a palavra de Deus. Não poderia confiar em ninguém que quisesse desvia-lo de seu caminho.

Nós, cristãos, somos constantemente chamados a sair do caminho estreito. Deus urge que
“permaneçamos nEle” e que não aceitemos ninguém que pregue “um evangelho diferente daquele que temos” recebido e, parafraseando d’O Peregrino, que odiemos toda tentativa de nos desviar do caminho. O caminho para o céu é árduo e estreito. Cristo, porém, ofereceu todas as provisões necessárias para que passemos pelo caminho triunfantes ao Seu lado. Por isto, é essencial que conheçamos a Sua vontade e a obedeçamos. Nestes últimos dias da história da Terra, o diabo reforçará suas mentiras, a fim de enganar todos nós. 
Pergunto: como separaremos o certo do errado, o verdadeiro do falso, se não conhecermos a Palavra de Deus?

Portanto, estude a Bíblia; pois, “cada qual tem de agora estudar a Bíblia por si mesmo, de
joelhos perante Deus, com o coração humilde e dócil de uma criança, se quiser saber o que é que o Senhor dele requer”, porque “[dentre] os perigos dos últimos dias, cada membro da igreja deveria compreender as razões de sua esperança e fé” (Conselhos para Igreja, p.342; Mensagens aos Jovens, p. 282).


Créditos:

Autor: Jefté

Imagem: Laura Fernanda

Edição e Revisão de Texto: Luís Felipe e Ester Suzane

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